O Comitê Olímpico Internacional atribui ao Brasil e, mais concretamente, à cidade do Rio de Janeiro, a responsabilidade de organizar olimpíadas de 2016. É o primeiro país sul-americano a organizar este evento internacional, sendo igualmente a primeira edição em português. Conheça as transformações arquitetónicas que se irão operar um pouco por todo o Rio de Janeiro.
Após oito tentativas que se revelaram infrutíferas, em 2009 o Brasil conseguiu vencer a candidatura para país anfitrião dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, tendo apostado na cidade do Rio de Janeiro como anfitriã. Esta nomeação, disputada com países como Estados Unidos da América (com a cidade de Chicago), Espanha (com Madrid) e Japão (com Tóquio), envolveu uma enorme campanha de marketing, avaliada em 80 milhões de dólares.
Esta campanha teve como pretexto a reutilização de várias infraestruturas já existentes, assim como a revitalização de vários locais nevrálgicos do Rio de Janeiro. O comité olímpico vê no projeto uma tentativa de melhorar a qualidade de vida dos habitantes da cidade, tal como em anteriores cidades anfitriãs: Barcelona (1992), Atlanta (1996), Sydney (2000) e, mais recentemente, Pequim (2008).
Uma vez que em 2007 o Rio de Janeiro organizou os Jogos Pan-Americanos, em 2011 receberá os Jogos Mundiais Militares, em 2013 a Copa das Confederações e, em 2014, a Copa do Mundo, para 2016 apenas 26% das instalações existentes no projecto olímpico terão que ser construídas de raiz. Da totalidade de obras apresentadas no dossier olímpico, mais de metade já estava nos gabinetes de arquitectura, uma vez que grande parte delas serão construídas para esses eventos que irão anteceder os Jogos Olímpicos de 2016. É o caso da reforma do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), do estádio Maracanã e do famoso Sambódromo.
As restantes intervenções foram adequadas às características naturais do Rio, através da utilização do Plano Director da cidade, englobando obras que estão previstas há décadas, como a revitalização do Porto, a construção de novos anéis rodoviários ligando a Baixa às zonas Norte e Oeste, a despoluição das lagoas de Jacarepaguá e a preservação da floresta da Tijuca (a maior floresta urbana do mundo) com a plantação de 24 milhões de árvores até 2016.
Assim sendo, apenas um terço do investimento será destinado propriamente à organização e às instalações para a realização dos Jogos. O evento vai decorrer em 33 locais, dos quais 8 são edifícios construídos para os Jogos Pan-americanos 2007, 11 serão novos edifícios e 11 vão ser estruturas temporárias. No que concerne ao alojamento, a cidade terá mais 25 000 leitos e outros 8500 poderão ser fornecidos em navios de cruzeiros marítimos.
Entre os projetos de arquitectura apresentados no dossier, estão o Centro Olímpico de Treinamento (COT), em Jacarepaguá, com capacidade para receber 22 modalidades olímpicas, e o X-Park, na Zona Oeste, parque de desportos radicais a ser construído em Deodoro, para albergar as provas de ciclismo e canoagem.
As principais instalações dos Jogos, incluíndo a Vila Olímpica e os Centros de Imprensa e Televisão, ficarão nas proximidades do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.
A Lagoa Rodrigo de Freitas vai receber investimentos de 2,5 milhões de dólares para reformar o seu estádio de remo e uma arquibancada temporária para 10 mil pessoas. As provas de vela vão realizar-se no centro da cidade, na Marina da Glória, onde serão investidos 11 milhões de dólares em obras de revitalização.
Uma vez que um dos lemas destes Jogos Olímpicos é a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade, serão focadas quatro áreas para a concretização desse objectivo: a conservação das águas, as energias renováveis, jogos com emissão de carbono zero e gerenciamento de lixo e responsabilidade social.
Um dos projectos de arquitectura desenvolvido sob estes pressupostos será implantado na ilha de Cotonduba, o que tem gerado algumas opiniões contraditórias.
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